sábado, 31 de janeiro de 2009

Quem dorme mais tem menos gripe!!!



Quem dorme mais tem menos gripe, revela pesquisa Médicos da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia (EUA), analisaram 153 pessoas durante quatro anos e verificaram que o sono protege o organismo de gripes e resfriados. Quem dormia menos de sete horas por noite apresentou o triplo de doenças respiratórias, comparado com quem passou mais de oito horas na cama. Os resultados estão na última edição do Archives of Internal Medicine. “Sono e imunidade têm uma ligação já bastante conhecida”, afirma a pneumologista Luciana Palombini, coordenadora do Instituto do Sono da Unifesp.

Na entidade, foi realizado um outro estudo que também enalteceu os benefícios de dormir bem. Cinquenta pessoas receberam a vacina contra o vírus Influenza - o causador da gripe. Uma parte delas dormiu e a outra foi submetida à privação do sono. Os mecanismos de defesa dos que dormiram bem reagiram melhor e os episódios de infecção foram duas vezes menores. “Já está constatado que a falta de sono, a curto prazo, prejudica a memória e a capacidade de atenção. Agora, o que mais se fala nos congressos nacionais e internacionais é que, a longo prazo, a privação de sono aumenta o risco de doença cardiovascular e metabólicas, como diabetes e obesidade”, completa Palombini.

Clarisse Potasz, terapeuta ocupacional e chefe do setor de reabilitação do Hospital Estadual Candido Fontoura, lembra que o tratamento do sono não tem contraindicação para nenhuma idade. “Em especial para as crianças, o sono tem um poder de cura muito importante”, diz ela. “É fundamental para a renovação de neurônios, para a produção de hormônios do crescimento e para desenvolver a capacidade cognitiva”, explica Potasz, que atua em pesquisas de distúrbio do sono infantil.

A explicação mais evidente para os prejuízos trazidos pela privação do sono é que isso provoca estresse, o que libera as células infecciosas e prejudica o organismo. Além dos problemas imunológicos, dormir também é receita para evitar acidentes de trânsito. Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, dirigir com sonolência tem o mesmo efeito de conduzir embriagado.
As informações são do Jornal da Tarde.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

EU SOU UM IDIOTA

não sei quem é o aa autora, mais me identifiquei muito com o texto

Hoje reparei um pouco mais na pessoa refletida no espelho.
Fiz uma séria constatação. EU SOU IDIOTA!
Isso mesmo, idiota. Mas não pense que tenho vergonha disso.Nos dias de hoje, ser idiota é privilégio. Os idiotas de hoje são aqueles que conseguem sorrir mesmo quando a dor aperta.
São aqueles que ainda dizem Eu te Amo olhando nos olhos, que valorizam abraços e gostam de andar de mãos dadas.
Idiotas são aqueles que crêem num sentimento sincero, que ainda esperam encontrar um amor perfeito, que escrevem e lêem poesias e que mandam flores.
Idiotas são românticos, no sentido mais meloso da palavra, mas não se envergonham disso. São aqueles que se permitem chorar quando a dor machuca, quando o amor se vai ou o filme emociona.
Cantam músicas de amor como se fossem hinos, mesmo porque, para seus corações apaixonados realmente são.
Idiotas são sentimentais. Se magoam com a menor das brigas e lutam pela reconciliação. São aqueles que não ligam para o que os outros dizem, eles se dão por completo.
Idiota é aquele que pede desculpa mesmo sem ter errado, que pede licença, que dá bom dia, boa tarde, boa noite. Que pergunta “como vai?”, “precisa de alguma coisa?”, “ta tudo bem?’. É aquele que não esquece nem do amigo que não dá mais notícias, aquele que lembra da infância e comemora o quanto foi bom.
Idiota é aquele que ri de si próprio, que brinca de descobrir desenho em nuvem, que anda descalço e toma banho de chuva.
Que chora por briga de amor, e que a cada briga acha que o mundo acabou, mas que logo perdoa.
Idiota é aquele que, mesmo nesse mundo corrompido, insiste em ser sincero. Que estende a mão pra ajudar quem for, que faz o bem sem olhar a quem.
Idiotas se preocupam, se arrumam e se enfeitam para ver a pessoa amada. Querem estar sempre belos, nem que seja só pra se olhar no espelho.
Idiotas se divertem.Idiotas tem amigos.Idiotas amam.Idiotas são felizes...Hoje afirmo com todas as letras, eu sou uma idiota e ñ me envergonho disso!!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Pela primeira vez Hollywood sediará um festival de cinema brasileiro. O Hollywood Brazilian Film Festival acontecerá, de terça-feira, 27, a quinta-feira, 29, nos cinemas Egyptian Theater e Grauman’s Chinese. O festival contará com uma programação de filmes brasileiros de destaque e com a presença de consagrados diretores, produtores, atores e com a participação da indústria cinematográfica de Hollywood e internacional. Durante os três dias de evento, o festival tem como objetivo agregar valores, conhecimento e, principalmente os aspectos culturais e comerciais das indústrias cinematográfica americana e brasileira. Serão oito filmes, entre curtas-metragens, documentários e longas de ficção. A abertura oficial, na terça-feira, no Egyptian Theater, será com o filme Romance, de Guel Arraes, com a presença do protagonista Wagner Moura. O encerramento, no dia 29, será o único filme de co-produção espanhola/brasileira selecionado para o Festival Sundance 2009: Carmo, Hit the Road, do produtor Roberto D´Avila.

Falando em cinema...

Viu os indicados ao Oscar 2009? A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas anunciou a lista dos indicados ao Oscar 2009. A 81ª edição da premiação será realizada no dia 22 de fevereiro, domingo de carnaval, em Hollywood. A indicação do ator Heath Ledger, morto há um ano, ao prêmio de melhor ator coadjuvante pelo filme “Batman – O cavaleiro das trevas” confirma as especulações de críticos de cinema de todo o mundo. Se vencer, ele será o segundo ator a receber um prêmio póstumo, o primeiro foi Peter Finch por “Network”, em 1976. Confira a lista dos indicados nas principais categorias.

Melhor Filme

"Quem Quer Ser Um Milionário?"

"O Curioso Caso de Benjamin Button"

"Frost/Nixon"

"Milk - A Voz da Igualdade"

"O Leitor"

Melhor direção

"O Leitor", Stephen Daldry

"O Curioso Caso de Benjamin Button", David Fincher

"Quem Quer Ser Um Milionário?", Danny Boyle

"Milk - A Voz da Igualdade", Gus Van Sant

"Frost/Nixon", Ron Howard

Melhor ator

Mickey Rourke, "O Lutador"

Sean Penn, "Milk - A Voz da Igualdade"

Frank Langella, "Frost/Nixon"

Brad Pitt, "O Curioso Caso de Benjamin Button"

Richard Jenkins, "The Visitor"

Melhor atriz

Kate Winslet, "O Leitor"

Meryl Streep, "Dúvida"

Anne Hathaway, "O Casamento de Rachel"

Angelina Jolie, "A Troca"

Melissa Leo, "Rio Congelado"

Melhor ator coadjuvante

Heath Ledger, "Batman - O Cavaleiro das Trevas"

Philip Seymour Hoffman, "Dúvida"

Michael Shannon, "Foi Apenas Um Sonho"

Josh Brolin, "Milk - A Voz da Igualdade"

Robert Downey Jr., "Trovão Tropical"

Melhor atriz coadjuvante

Penélope Cruz, "Vicky Cristina Barcelona"

Viola Davis, "Dúvida"

Amy Adams, "Dúvida"

Taraji P. Henson, "O Curioso Caso de Benjamin Button"

Marisa Tomei, "O Lutador"

Melhor Filme de Animação

"Kung Fu Panda"

"Wall-E"

"Bolt - Supercão"

Melhor filme estrangeiro

"Valsa com Bashir" (Israel)

"The Baader-Meinhof Complex" (Alemanha)

"Entre Les Murs" (França)

"Departures" (Japão)

"Revanche" (Áustria)

Melhor figurino

"Austrália", Catherine Martin

"O Curioso Caso de Benjamin Button", Jacqueline West

"A Duquesa", Michael O’Connor

"Milk - A Voz da Igualdade", Danny Glicker

"Foi Apenas Um Sonho", Albert Wolsky

Melhor maquiagem

"O Curioso Caso de Benjamin Button"

"Batman - O Cavaleiro das Trevas"

"Hellboy 2"

Melhor trilha sonora original

"O Curioso Caso de Benjamin Button", Alexandre Desplat

"Defiance", James Newton Howard

"Milk - A Voz da Igualdade", Danny Elfman

"Quem Quer Ser um Milionário?", A.R. Rahman

"Wall-E", Thomas Newman

Melhor canção

"Wall-E", com "Down to Earth"

"Quem Quer Ser Um Milionário?", com "Jai Ho"

"Quem Quer Ser Um Milionário?", com "O Saya"

Melhores efeitos visuais

"O Curioso Caso de Benjamim Button"

"Batman - O Cavaleiro das Trevas"

"Homem de Ferro

Onde estará o Oscar?

Com a cerimônia do Oscar em pleno domingo de carnaval, é de se prever que a Globo não vai pensar duas vezes em descartar esta transmissão. Afinal, é o primeiro dia dos desfiles das escolas de samba cariocas, uma transmissão que vai para o Brasil e o mundo inteiro. Ainda mais sem brasileiro nenhum na lista de indicados, o interesse do público nacional no Oscar deste ano ficou restrito aos cinéfilos. A gente sabe que poderá contar com o TNT e os comentários de Rubens Ewald Filho, e imagina que a Globo escolha um de seus canais a cabo, GNT, GloboNews ou Multishow para transmitir o Oscar. Vamos aguardar mais informação. De qualquer maneira, será uma boa alternativa ao baticum.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

espera

e a gente espera e segue esperando
a vida é uma eterna espera,esperamos o fim de sema, esperamos ansiosos o proximo feriado,esperamos que um dia seja melhor que outro, esperamos que essa pessoa seja a que tanto esperamos, esperamos esperamos e esperamos.
mais até quando esperar?
alguem ja disse uma vez que o melhor da festa é esperar por ela, concordo mas tem um porem, a vida não é uma festa.

a gente espera que esse ano seja o ano , ano que vem a gente espera a mesma coisa, e contiamos esperando...


e os anos vão passando e quando a gente olha a vida se vai por entre os dedos e a gente segue esperando...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009


'Um bebê nasce. O médico anuncia: é uma menina! A mãe da criança, então, se põe a sonhar com o dia em que a sua princesinha terá um namorado de olhos verdes e casará com ele, vivendo feliz para sempre.

A garotinha ainda nem mamou e já está condenada a dilacerar corações. Laçarotes, babados, contos de fadas: toda mulher carrega a síndrome de Walt Disney. Até as mais modernas e cosmopolitas têm o sonho secreto de encontrar um príncipe encantado. Como não existe um Antonio Banderas para todas, nos conformamos com analistas de sistemas, gerentes de marketing, engenheiros mecânicos. Ou mecânicos de oficina mesmo, a situação não anda fácil. Serão eles desprezíveis? Que nada. São gentis, nos ajudam com as crianças, dão um duro danado no trabalho e têm o maior prazer em nos levar para jantar. São príncipes à sua maneira, e nós, cinderelas improvisadas, dizemos:' sim! sim! sim!' diante do altar; mas, lá no fundo, a carência existencial herdada no berço jamais será preenchida. Queremos ser resgatadas da torre do castelo.


Queremos que o nosso pretendente enfrente dragões, bruxas, lobos selvagens. Queremos que ele sofra, que vare a noite atrás de nós, que faça tudo o que o José Mayer, o Marcelo Novaes e o Rodrigo Santoro fazem nas novelas. Queremos ouvir "eu te amo" só no último capítulo, de preferência num saguão de aeroporto, quando ele chegará a tempo de nos impedir de embarcar. O amor na vida real, no entanto, é bem menos arrebatador. "Eu te amo" virou uma frase tão romântica quanto "me passa o açúcar". Entre casais, é mais fácil ouvir eu "te amo" ao encerrar uma ligação telefônica do que ao vivo e a cores. E fazem isso depois de terem se xingado por meia-hora. “Você vai chegar tarde de novo”? Tenha a santa paciência, o que é que você tanto faz nesse escritório? Ontem foi a mesma coisa, que inferno! Eu é que não vou prepar o jantar para você ás dez da noite, te vira. Tchau, também te amo." E batem o telefone possessos.Sim, sabemos que a vida real não combina com cenas hollywoodianas. Sabemos que há apenas meia dúzia de castelos no mundo, quase todos abertos à visitação de turistas.

Sabemos que os príncipes, hoje, andam meio carecas, usam óculos e cultivam uma barriguinha de chope. Não são heróicos nem usam capa e espada, mas ao menos são de carne e osso, e a maioria tentaria nos resgatar de um prédio em chamas, caso a escada magirus alcançasse o nosso andar. Não é nada, não é nada, mas já é alguma coisa.

Dificilmente um homem consegue corresponder à expectativa de uma mulher, mas vê-los tentar é comovente. Alguns mandam flores, reservam quarto em hotéizinhos secretos, surpreendem com presentes, passagens aéreas, convites inusitados. São inteligentes, charmosos, ousados, corajosos, batalhadores. Disputam nosso amor como se estivessem numa guerra, e pra quê? Tudo o que recebem em troca é uma mulher que não pára de olhar pela janela, suspirando por algo que nem ela sabe direito o que é.
Perdoem esse nosso desvio cultural, rapazes. Nenhuma mulher se sente amada o suficiente. '



- Martha Medeiro

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

27 anos sem Elis


O amargo brilho do póAos 36 anos, Elis Regina, a melhor cantora do Brasil, foi achada morta, trancada em seu quarto, onde tomara a derradeira dose de cocaína
27 de janeiro de 1982

A morte da melhor cantora brasileira provocou um choque nacional, assim que a notícia circulou pelo rádio e pela televisão na manhã do dia 19/01/1982. Cheia de vitalidade nos seus 36 anos, Elis Regina de Carvalho Costa, três filhos, passou metade de sua vida em estúdios, distribuindo uma voz impecavelmente afinada por 27 LPs, catorze compactos simples e seis duplos, que venderam algo como 4 milhões de cópias. Não é um recorde – Roberto Carlos vendeu quatro vezes mais –, mas a qualidade é tão boa que lhe assegurou uma das mais sólidas reputações da música popular brasileira.
Sua morte, no apartamento que ocupava nos Jardins, em São Paulo, foi chorada com lágrimas canções entoadas por 25 000 fãs, amigos e parentes que a visitaram no velório do Teatro Bandeirantes, palco de seu maior sucesso, o show 'Falso Brilhante", no centro de São Paulo. Cerca de 1000 pessoas integraram o lento cortejo que atravessou a metade da capital paulista para enterrá-la, quarta-feira, à tarde, no cemitério do Morumbi.
Menos de 48 horas depois de seu desaparecimento, veio o segundo choque, talvez o pior. Desde a véspera, um véu de obscuridade cercava a morte da cantora -a médica que a recebera no Hospital das Clínicas, para onde havia sido levada já sem vida, não fornecera o Atestado de Óbito por sentir-se impossibilitada de concluir por uma morte natural, o cadáver foi assim remetido para autópsia no Instituto Médico Legal. Feitos os exames, emergiu uma sombria conclusão: Elis Regina, dizia o laudo médico, morreu pela intoxicação combinada de bebidas e cocaína. Antes da divulgação do laudo, no início da noite de quarta-feira, o diretor do IML, o polêmico legista Harry Shibata, telefonara para um amigo , o diretor do DOPS, Romeu Tuma, com uma dúvida. "Só me restam, a esta altura, duas hipóteses", expôs Shibata. "Ou foi barbitúrico ou então a ingestão de cocaína com álcool, por via oral, que provocaram a morte. Você sabe me dizer se alguém toma cocaína diluída em líqüido?" Tuma não sabia, mas consultou delegados especializados em drogas e a resposta foi positiva: um deles esclareceu que está em moda a mistura de cocaína com uísque, para potencializar o efeito da droga.

RESISTÊNCIAS FAMILIARES - O laudo, enfim divulgado na manhã de quinta-feira pelo delegado Geraldo Branco de Camargo, que comanda o inquérito aberto sobre a morte da cantora, é cauteloso e claro. "Na necrópsia procedida nada encontramos digno de especial menção que pudesse explicar a morte –, escrevem os legistas José Luiz Lourenço e Chibly Hadad, que assinaram o documento. O exame toxicológico, de suma relevância no caso, dada a negatividade dos achados da necrópsia, veio nos fornecer a resposta da causa mortis", acrescentam. Os dados desse exame levaram os dois legistas a concluir que "a quantidade de álcool etílico encontrada em nível sangüíneo revelou estar a vítima sob estado de embriaguez e a presença de cocaína caracterizando o estado tóxico, que em somatória podem responder pelo evento letal".
Desde que o corpo de Elis fora mandado para o IML, essa hipótese estava no ar. Antes que se tornasse pública e oficial contudo, houve uma cortina de resistências. Amigos da cantora e seu último namorado, o advogado Samuel Mac Dowell de Figueiredo – que a encontrou morta –, tentaram evitar a realização da autópsia, argumentando que ela não costumava usar drogas. O argumento esquecia o aspecto legal da questão: são obrigatoriamente submetidas a autópsia todas as pessoas a respeito das quais não se possa atestar com certeza que tiveram morte natural. Além disso, os amigos de Elis suspeitavam do legista Shibata, que em 1975 assinou o célebre laudo sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog –declarando-o suicida sem ter visto o corpo remetido ao IML pelo exército, em cujo DOI CODI ele morrera. "Ela não transava drogas e o Shibata tem ressentimentos do Mac Dowell", dizia o compositor Edu Lobo - referindo-se a um complicador extra, o fato de Mac Dowell ter sido um dos advogados no processo em que a União foi condenada pela morte de Herzog.
EXAME IRREPREENSÍVEL - Também Mac Dowell teria preferido evitar o exame médico legal e não aceitou as suas conclusões. Depois de ser ouvido no inquérito policial, também na quinta-feira, ele ditou uma taxativa declaração, durante entrevista coletiva em que pediu para não responder a perguntas: "Não sabemos que esse laudo, por si só afirma verdades, nem tem uma procedência que leve as pessoas a acreditar nas conclusões que ele apresenta". Mac Dowell não deu maiores precisões, nem quis explicar melhor seu ponto de vista - qualquer polêmica, a respeito, disse ele, seria "irrelevante e inoportuna".
Na verdade, é certo que Elis Regina não morreu de causas naturais, ou doenças, como, provou a autópsia feita por quatro médicos - os dois que assinam o laudo, Harry Shibata e o próprio médico da família da cantora, Alvaro Machado Jr. "O exame foi irrepreensível", reconheceria Machado mais tarde. De fato, ao contrário do que imaginaram diversos amigos de Elis, não se vê como a análise do laudo do IML poderia ter sido eventualmente fraudada - por exemplo, acrescentando-se a cocaína às vísceras, sangue e urina da cantora depois de sua morte. Essa hipótese é claramente fantasiosa: ao ser metabolizada pelo organismo, a cocaína transforma-se em certas substâncias, seus metabolitos, num tempo determinado, de modo que é possível especificar o momento em que ela foi ingerida. Por isso, a cocaína simplesmente agregada a restos mortais é facilmente identificável.

"UMA GRANDE DAMA" - O fato é que o único elemento encontrado no corpo de Elis capaz de matá-la é a cocaína. Resta a questão de quanta cocaína, exatamente, a cantora ingeriu antes de morrer. O chefe do Departamento de Psicofarmacologia da Escola Paulista de Medicina, professor Elisaldo Carlini, lembra que o laudo não especificou a dosagem de cocaína encontrada. Mas não é preciso haver grande quantidade para que a droga tenha efeitos potencialmente letais. O professor Carlini estima que a cocaína, ingerida por via oral, pode matar uma pessoa se a dose excede meio grama. Raramente alguém ingere menos que isso - e a média de doses encontradas em vítimas, em casos semelhantes, é de 1,2 grama. Seja como for, o IML, anunciou para esta semana a conclusão de um exame destinado a determinar a quantidade de cocaína que Elis tomou.
As divergências que até o final da semana passada cercavam as circunstâncias da morte não foram provocadas, na verdade, por um conflito de versões, mas pelo empenho do advogado Mac Dowell e de amigos da família em preservar a imagem de Elis. Mac Dowell explicou que gostaria de evitar efeitos negativos sobre os filhos da cantora - e contou que impediu o filho mais velho, João Marcelo, 11 anos, de entrar no quarto onde ela estava estendida no chio. Esse empenho, entretanto, se choca com o fato de que em casos nos quais se desconhece a causa da morte, a lei manda que ela seja esclarecida por todos os meios, a começar pela autópsia –, e acobertar o assunto o beneficia, em última análise, ao traficante que vendeu a Elis as drogas que a mataram.
Mais do que tudo, de fato, o laudo mostra que Elis foi uma vítima - e sua perda seria fundamente sentida por milhares de admiradores em todo o país. O presidente João Figueiredo enviou um telegrama de pêsames à família, e não lhe faltaram epitáfios dignos. "Ela é insubstituível", garantiu seu antigo parceiro Jair Rodrigues. "Essa moça era uma grande dama da música brasileira", assegurou Tônia Carrero. Seu velório estava enfeitado com uma constelação de astros de cinema, televisão, música e dança, como Lennie Dale, que foi preso em fevereiro de 1971, no Rio, com um enorme pacote de maconha. O cortejo que a levou ao cemitério foi coberto horas a fio pelas rádios de São Paulo - e o esquema de acompanhamento da TV Globo incluía filmagens de helicóptero. Os jornais da Globo dedicaram a Elis uma quantidade extras só comparável às da morte do presidente Annuar Sadat e do atentado contra o papa João Paulo II.

FRASES ININTELIGÍVEIS - Elis Regina teve um enterro grandioso, mas fez sua última viagem incógnita. Quando Samuel Mac Dowell a levou inerte para o Hospital das Clínicas, por volta das 11h40 de terça-feira, pegou o táxi do português Manuel Gouvêa Alves, 46 anos, na rua Melo Alves, onde fica o apartamento da cantora. A corrida até o hospital não durou mais que quatro minutos, e Gouvêa se lembra bem da hora porque estava ouvindo pela rádio a parte final de seu programa favorito, o de Barros de Alencar. "Mas eu só soube que transportei Elis Regina mais tarde, quando ouvi no rádio que ela tinha morrido", contou. " Me deu uma tal tristeza que se eu tivesse dinheiro não trabalharia mais naquele dia".
Os dias anteriores do casal não permitiam vislumbrar um fim trágico – Elis e Samuel Mac Dowell estavam procurando uma casa para viverem juntos. À véspera da morte, elis recebeu um grupo de amigos no apartamento, músicos de seu conjunto e Mac Dowell. Na ocasião, contam os participantes, ela bebeu Cinzano e uísque. Por volta das 21 horas, todos se retiraram, menos Mac Dowell, que ficou para jantar e saiu às 23h30. "Evitei ficar até mais tarde porque ela ia ouvir as fitas de seu novo disco", explicaria ele no seus depoimento à polícia. Já em sua casa, o advogado telefonou algumas vezes para a cantora, que não atendeu. Quando finalmente consegui completar a ligação, de madrugada, ele recebeu a explicação de Elis. "Não ouvi o telefone porque estava ouvindo as músicas no volume mais alto". Mac Dowell , então, achou a voz dela normal.
Às 9h30 da manhã de terça-feira, de seu escritório, ele voltou a telefonar para Elis. Ela disse que não dormira de noite e, segundo Mac Dowell, conversou normalmente - no final da ligação, porém começou a articular as palavras muito pausadamente, disse algumas coisas ininteligíveis com a voz distante e afinal silenciou.

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA – Mac Dowell, alarmado, deixou o escritório, pegou um táxi na rua da Consolação e tocou para a rua Melo Alves. Ele calcula que chegou lá às 10h30 - mais de uma hora, portanto, antes de embarcar o corpo de Elis no táxi de Gouvêa para a viagem até o Hospital das Clínicas. Segundo seu depoimento, esse tempo foi gasto com o arrombamento de duas portas para que pudesse chegar ao quarto de Elis, um telefonema para o Hospital das Clínicas, pedindo uma ambulância, tentativas de reanimar Elis, e telefonemas para seu colega de escritório, Mário Antônio Barbosa. Como a ambulância não chegava, depôs Mac Dowell, sua decisão foi pegar Elis nos braços, descer até a rua e apanhar um táxi. A essa altura chegara também a secretária da cantora, Celina Silva, que o ajudou.
O advogado garante que encontrou no quarto de Elis um envelope vazio de Sonotrat, antidistônico que ela usava para dormir. "Nunca tive conhecimento, nestes seis meses de vida comum, que ela ingerisse tóxico", disse Mac Dowell à polícia. Amigos do casal garantem, que Elis jamais usou cocaína na presença do advogado. Mas lembram que ela experimentou drogas pela primeira vez há pouco mais de um ano, estreando, com um cigarro de maconha. A cocaína surgiu na sua viagem, aos EUA no início de 1981 para acertar a gravação de um disco com o saxofonista Wayne Shorter. Antes disso, ela consumia cerveja e vodca.

ONIPOTÊNCIA - Pelo menos um dos ex-namorados de Elis, o compositor paulista Guilherme Arantes, 28 anos, viu-a cheirando cocaína, durante o tempo em que andaram juntos no começo de 1981, no Rio de Janeiro. Da mesma forma, um advogado amigo de Mac Dowell lembrava no dia da morte da cantora que ela vinha consumindo a droga – ao mesmo tempo que procurava, junto ao IML, convencer os legistas da conveniência de se dispensar a autópsia. É possível, porém, que Elis jamais tenha sido viciada, nessa droga. Sua relação com a cocaína, provavelmente, insere-se no mesmo tipo em que estão alguns milhares de brasileiros, a maioria deles fora do meio artístico, ou intelectual - e que buscam nesta droga potente um socorro eventual.
A diferença dos alucinógenos ou da maconha, capazes de patrocinar aos seus consumidores momentos de grande alegria ou de profunda depressão, dependendo do estado de espírito de, cada um, a cocaína -C17H2IN04, na sua fórmula química - é uma droga de satisfação garantida. Cheirando-se um décimo de grama, conseguem-se de 15 a 20 minutos de uma sensação de onipotência, lucidez e segurança, e não há a menor possibilidade, de no lugar disso vir qualquer tipo de depressão. "O problema é que você cheira e se sente Deus. Depois, quando o efeito passa, você começa a achar desagradável não ser Deus", confessa um consumidor.
Assim, Arthur Conan Doyle encontrou no pó alguns dos complexos estratagemas vividos polo seu personagem Sherlock Holmes. Mas se o escritor usava a cocaína para divagar, outro consumidor, o papa Leão XIII, se valia dela como uma ajuda temporal para resolver os assuntos da Igreja. A onipotência ao alcance do todos fez da cocaína um produto do grande consumo na alta hierarquia do fascismo italiano e o espalhafatoso marechal alemão Hermann Goering, ao ser preso pelos aliados em 1945, teve de ser submetido a um complexo programa do desintoxicação, dada a sua dependência em relação à coca.

INSEGURA - Nesse sentido, a cocaína, com sua ação sobre o córtex cerebral, difere das drogas popularizadas na década do 60, que se poderiam chamar de produtos do "esquerda". Ela é essencialmente da "direita": é a droga de quem não quer novidades, mas apenas poder. A cocaína faz do preguiçoso um prodígio de energia, do tímido um audaz, do lento um rápido, mas, na essência, não traz nenhuma idéia, como, por exemplo, as que o escritor inglês Aldous Huxley teve ao tomar a mescalina que lhe ofereceu o tema para "As Portas da Percepção". Para um cantor, por exemplo, a cocaína garante que ele terá coragem de enfrentar a platéia, enquanto as drogas alucinógenas estão longe disso, e as anfetaminas, se asseguram a euforia, garantem também uma segura depressão na ressaca.
Apesar de sua competência profissional, Elis Regina se confessava uma pessoa profundamente insegura - e extraía um pouco do autoconfiança no consumo da cocaína. Dona de um caráter e comportamento conturbados, que freqüentemente a faziam expressar-se de maneira tortuosa e torturada, Elis não conseguiu, como muitos outros colegas do mundo artístico, adquirir a segurança que procurava sem pagar um alto preço por ela. Sua provável inexperiência no convívio com a droga leyou-a à fatal ingestão da semana passada - e abriu sua vida pessoal a uma investigação certamente penosa e dolorida para os que viviam próximos a ela.
"Nada tenho a esconder", desabafou Samuel Mac Dowell, ao final da semana passada, em conversa com um advogado amigo, José Carlos Dias, destacado militante da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. A confirmação de que Elis ingeriu cocaína acabaria por derrubar a barreira de discrição que Mac Dowell tentou colocar sobre o caso e que nos próximos dias estará sob a mira das investigações oficiais. Depois da divulgação do laudo médico, o inquérito policial em andamento terá três objetivos: saber se Elis era viciada em cocaína, apurar se houve "induzimento, auxílio ou instigação ao suicídio" e descobrir o fornecedor da droga. Por enquanto, o inquérito está próximo da estaca zero.
O delegado Geraldo Branco de Camargo dispõe de poucos dados para resolver as três incógnitas. A rigor, apenas uma pessoa conhece bem a história da morte de Elis, o advogado Mac Dowell – e talvez conheça apenas parte do que aconteceu. Ele nega com veemência que tenha discutido com Elis nos telefonemas que trocaram de madrugada – enquanto a governanta Maria das Dores Souza ouviu Elis encerrar uma conversa telefônica, por volta do meia-noite de segunda-feira, com um palavrão. Mas o próprio delegado não encontrou pistas nos pri-meiros cinco depoimentos que colheu: "Em princípio, não vejo conflitos no que disseram os depoentes", diz Camargo. A busca no apartamento da cantora também nada revelou: os únicos medicamentos encontrados pela polícia eram pediátricos.
A tarefa do delegado Camargo não será facilitada pela biografia contraditória da cantora. "Eu sou de Peixes, que é simbolizado por um peixe virado para a direita c outro para a esquerda. Tem hora que estou com o peixe de cima e está tudo bem. Mas aí entra o peixe de baixo e complica tudo", ela costumava dizer. Seu comportamento em público era descrito por amigos como "careta".
É o que explica retratos tão diferentes que fazem dela mesmo os amigos mais chegados – dos quais Elis cobrava atenção, telefone-mas, carinho, mas em relação aos quais era capaz de repentinas explosões de generosidade. Quando soube que sua amiga Ione Cirilo estava sem dinheiro, pagou todas as prestações que ela devia – sem dizer uma palavra à amiga. Em outro repente, na greve dos operários do ABC, em 1980, doou 180 000 cruzeiros para o fundo de greve – e arrecadou entre amigos, durante um jantar, mais 70 000. "Eu não vim para os canapés, vim para a feijoada", justificava-se com uma ponta do misticismo que sempre a envolveu.
As razões que a levaram à morte podem continuar envoltas em mistério, mas a morte não conseguiu- lhe roubar o sucesso. Num único dia da semana passada, a Odeon, gravadora do seu último LP, Elis Regina, recebeu 19 000 pedidos de cópias do disco, que vendera nos últimos dois anos modestas 50 000 unidades. Nas próximas semanas, a Polygram vai lançar uma caixa de discos com sua obra, e a WEA anuncia seu último disco inédito, Elis em Montreux, para breve. De Elis Regina ficou a voz – exatamente o que esse complexo ser humano tinha de melhor.
A perfeita alquimista
Misturando técnica e emoção, Elis resistiu às fórmulas fáceis e se tornou a maior cantora do Brasil
Em dezoito anos de carreira, Elis Regina percorreu com sucesso o destino dos artistas que jamais se contentam com o brilho do próprio ofício. A melhor cantora da música brasileira - ou, pelo menos, a dona da mais perfeita alquimia entre técnica e emoção – vestia a fama como se fosse um daqueles vestidos caros, que, por belos, devem ser sempre trocados. A cada vitória ela safa, inquieta, em busca de uma nova parada: "Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé", confessava.
E foram muitos os vôos vitoriosos dessa estrela desde que ela chegou ao Rio de Janeiro, em 1963, com 18 anos e 36 000 cruzeiros na mala. Aquela pequena gaúcha de 1,53 m ("Meu problema são 10 centímetros a mais; então estaria tudo resolvido") desceu nervosa numa música popular enriquecida pela melodia da bossa nova e empobrecida pela escassez de intérpretes que levava ao reinado de Nara Leão, desafinada, porém levemente soturna, como se queria.
Agitada, chamaram-na "Pimentinha" . Movendo os braços para cima e para baixo, foi ridicularizada pelo cronista Sérgio Porto, que dizia não saber se ela era "uma cantora que nada ou uma nadadora que canta". Havia nela, porém, uma pessoa enérgica, inquieta e, acima de tudo, uma cantora afinada. Não conseguiu ancorar-se num gênero que lhe garantisse o sucesso comercial, como sucedeu a Maria Bethânia no modelo "amor inesquecível". Muito menos agarrou-se à repetição de adoráveis recursos, como faz Roberto Carlos. Faltou-lhe a alegria contagiante de Gal Costa e o pique de Rita Lee. Mas tinha algo que faltava a todos e, por isso, nas próximas décadas, quando se procurar a voz desta época, ela estará num disco de Elis.

CORTEJADA PELA ESQUERDA - Poucos são os cantores brasileiros que se fizeram acompanhar por tantos compositores novos. Elis foi a primeira a gravar o desconhecido baiano Gilberto Gil e o mineiro Milton Nascimento. Há pouco anos, descobrira João Bosco, Aldir Blanc e Belchior. Nesta semana, começaria um novo LP onde incluíra uma compositora, Irinéia Maria, que nem sequer vira pessoalmente. Tinha tudo para dar certo, e deu, naquilo que sabia fazer muito bem: cantar. Surgiu sorridente, com seus dentes pequenos e o cabelo curto, e assim poderia ter ficado por anos e anos, como eterna parceira de Jair Rodrigues. Mas recuou em busca de maior perfeição técnica, roçou o perigo das interpretações frias e, em 1975, com o show 'Falso Brilhante" conseguiu combinar a cantora emocionada de antes com a técnica conquistada, firmando-se num estilo em que morreu insuperável.
Mas, se o camicase voou bem no ofício, também afundou em ressentimentos e inimizades na vida. Como, numa de suas distorções, o meio cultural brasileiro exige do artista não apenas a arte mas uma espécie de atestado de idoneidade política – de direita para o governo e de esquerda para a oposição –, Elis morreu filiada ao Partido dos Trabalhadores, depois de um, percurso sinuoso e agressivamente patrulhado. Em 1969, ela cantou na Olimpíada do Exército e em 1972 nas cerimônias pomposas do Sesquicentenário da Independência. Por isso, foi colocada no "cemitério dos mortos – vivos" que o cartunista Henfil – presente ao seu enterro – gerenciava na ocasião. Ela partilhava esse campo-santo com Marília Pêra, Roberto Carlos, Tarcísio Meira, Glória Menezes e Pelé. Em 1978, cortejada pela esquerda, fazia campanha para o professor Fernando Henrique Cardoso, candidato do MDB ao Senado por São Paulo. Mas, aos amigos, confessava que preferia o veterano Franco Montoro.
A participação de Elis em manifestações oposicionistas reconciliou-a com a esquerda e, com o tempo, as mesmas patrulhas que apedrejaram passaram a afagá-la, tudo num esforço inútil quer do ponto de vista estético, quer no aspecto político. É improvável que ela tenha trazido votos a candidatos da oposição, assim como é certo que não foi pela sua participação em festas do regime que a ditadura viveu tanto. Esteticamente, ela, que lançava novas músicas e novos nomes, pouco acrescentou à sua biografia cantando músicas simpáticas A esquerda, pelo simples motivo de que Barbra Streisand e Joan Baez não são a mesma pessoa.
A irrequieta personalidade da "Pimentinha" levava as pessoas a querer afinar, sem sucesso, a sua conduta. E, a cada "desafino" de Elis, brotavam sarcasmos. O maledicente compositor Carlos Imperial, ao saber que ela se casaria com o produtor Ronaldo Bôscoli, comentou: "Bem feito para os dois". Mas isso era pouco. A cantora Maysa garantia ter a prova de que faltava caráter a Elis: ela a teria induzido a beber numa noite, para derrubar sua apresentação num palco que ocupava em seguida. A acusação seria indiscutível se viesse de um semi-abstêmio como Roberto Carlos. Maysa, porém, dificilmente precisaria ser induzida a mais um copo.

AGUERRIDA E AGRESSIVA - "Elis vivia sempre com a corda esticada, a mil por hora, e mudava de opinião em fração segundos", observou na semana passada o compositor Edu Lobo. O psicólogo Roberto Freire, a quem no sucesso do show "Falso Brilhante" ela atribuiu às emoções que distribuía do palco, tornou-se, meses depois, "um mau-caráter aproveitador". Roberto Carlos, de quem ela morreu amiga, já fora "infantil e fugaz". E seu segundo marido, o compositor César Camargo Mariano, com quem vivera feliz no alto da serra da Cantareira por nove anos e dois filhos, virou, com o fim do casamento, "um explorador". Como cantora, podia influenciar pessoas. Como pessoa, não conseguia fazer muitos amigos.
Pudera. Teve um rápido romance há um ano com o cantor Fábio Júnior e, ao encerrá-lo, fulminou o ex-namorado: "Ele foi como um sorvete, gostoso e rápido, mas brigamos quando eu disse que ele estava com saudade do plim-plim da Globo". Aguerrida antes e agressiva depois, Elis sempre suportou mal o presente. Assim como foi capaz de voar para Nova York em busca do "sorvete" e de moê-lo depois, sustentava, enquanto o romance durou, que vivia um grande amor. Mesmo no palco, passava por explosões capazes de fazer com que o produtor Roberto de Oliveira dissesse, em tom de brincadeira, ""ela tem tudo para ser a Judy Garland brasileira, mas não bebe".
Em 1977, antes de entrar no palco onde pouco depois sua grande rival Maria Bethânia, ela teve uma crise de choro e recusou-se a cantar. Temia audiência, mas ao dominá-la, saiu coberta de aplausos e chegou feliz ao camarim, onde, pouco depois, começou a quebrar tudo. Por quê? Ouvira os aplausos dados a Bethânia e julgara-se batida. "Quem é melhor? Eu ou a Bethânia", perguntava com alguma insistência, há poucos anos, sem segurança suficiente para acreditar na sinceridade de quem lhe garantia que era ela.

SEVERO APRENDIZADO - Era a melhor porque poucas cantoras tinham o seu espectro vocal. Rita Lee admite que não tem a metade da extensão de Elis. Bethânia sabe que lhe faltam os agudos. Gal, com extensão e agudos, tem graves pouco educados. Elis Regina, que no início da carreira esbanjava tanto agudos quanto fricotes, foi buscar pelo exercício os graves que lhe faltavam e, ao final de um severo aprendizado, era capaz de acompanhar as difíceis construções harmônicas de Milton Nascimento que já machucaram tantos intérpretes.
Assim como não há quem lhe tire os méritos de grande cantora e intérprete, nenhuma briga poderia tirar-lhe a conduta profissional impecável com músicos e colegas. Não apenas protegia valores jovens como, também, defendia os interesses de quem trabalhava ao seu lado. Há dois anos, quando fazia no Canecão o show "Saudades do Brasil", soube que o empresário Mário Priolli negara um aumento aos bailarinos. "Ou aumenta a moçada ou eu paro com o show", disse a Priolli recebendo de volta o aumento. Doou dinheiro para entidades de defesa do direito autoral, e , recentemente, quando um grupo de cantores foi a Brasília pedir ao governo que liberasse o disco da taxação dos supérfluos, fulminou a iniciativa: "Isso é defender as gravadoras. Elas é que têm de se preocupar com essa questão e não os artistas, de quem já tiram sua riqueza".
Depois do rompimento com o compositor Camargo Mariano, Elis recompôs sua vida sentimental com o advogado Samuel Mac Dowell Figueiredo. Trocou a casa ecológica da serra da Cantareira, onde fazia longas análises dos confortos da vida silvestre, por um apartamento no centro dos espigões paulistas. Deixou o espiritismo que a levava a psicografar mensagens de um avô índio, perdeu o interesse pela parapsicologia e concentrou--se nas virtudes do vegetarianismo – ostensivamente, só bebia guaraná em pó. Ao lado de tanta excentricidade, porém, estava uma vocação caseira. Comia suas verduras mas oferecia aos convidados lombo de porco com alecrim e molho de cerveja. Metódica, acompanhava atentamente a educação dos filhos, a arrumação dos copos, e era capaz de irritar-se se as suas meias coloridas fossem arrumadas fora da escala cromática que pacientemente concebera. "Eu conheci o sucesso sem estar preparada para enfrentar a vida", reconhecia Elis numa daquelas frases que soam proféticas depois que se morre.
No seu caso, porém, esse despreparo aparente não se refletiu quando ela chegou morta ao Hospital das Clínicas, mas sobretudo nos dias em que, vivíssima, era aplaudida em seus shows. A razão dessa angústia poderia estar na origem humilde, mas nem todos os artistas nascidos humildes são ostensivamente angustiados no sucesso: a imagem serena de Roberto Carlos prova isso à exaustão. A melhor explicação, e a única capaz do desembocar num copo onde se misturam álcool e cocaína às 10 horas da manhã, está numa competitividade exacerbada. Compulsão esta germinada numa menina que aos 11 anos cantava no Clube do guri, programa de calouros de Porto Alegre, e aos 22 casou-se de vestido cumprido com noivo de fraque na capela Mayrink, templo do pernosticismo social carioca.

SEGURANÇA FUGAZ - Elis nunca foi uma artista publicamente envolvida com drogas Pelo contrário. Ao longo de toda a década do tropicalismo ela hostilizou o desbunde chegou a sugerir que se desligassem as tomadas dos palcos onde subisse Caetano Veloso, para que não pudesse ligar a guitarra elétrica. Nada mais "careta". Afinal, em sua casa havia uma garrafa de vermute, bebida improvável na prateleira de alguém que efetivamente procura álcool. Assim, a cocaína não entrou no quarto de dormir do Elis pela porta do modismo, mas precisamente pelo pique, pela sustentação que dá ao competitivo, pela segurança fugaz que oferece aos tensos. Nesse sentido, o próprio pó é a quintessência do caretismo.
Paradoxalmente, ela morreu quando se orgulhava de viver com um homem, com quem "não poderia competir", pois Mac Dowell, ao contrário de todos os seus namorados e maridos, ligados ao mundo do espetáculo, é um bem-sucedido advogado, que, antes dela, jamais chegara sequer aos bastidores. "Passei anos complicando as coisas, agora quero voar", dizia há poucos meses. E, de fato, pelas primeiras reações de quase todos os seus amigos, ela vivia não só um período de grande densidade artística, desde o sucesso do show "Trem Azul", do ano passado, como também de muita felicidade pessoal.
A seleção de seu próximo disco, que deveria aparecer em março, poderia ser a grande surpresa. Mostrava-se segura ousando gravar "O Amor", que Gal Costa acabara de colocar nas lojas sem grande sucesso. E, além de novamente oferecer nomes novos, vinha com velhos sucessos como "Till There as You", dos Beatles. Seu último disco "Elis Regina", vendeu 52 000 cópias, desempenho medíocre para uma estrela e auspicioso para um estreante. Mesmo vendendo pouco, ela era um dos melhores cachês de shows e, no fim das contas, a pobre menina de 1963 estava rica, mas, sempre perseguida pela maledicência, era acusada de avarenta, num mundo de inveja onde quem não é acusado disso tem fama do pródigo, pois nada há de mais anormal do que se ver num artista alguém normal, ou, pelo menos, alguém muito parecido com as demais pessoas.
Sua normalidade, tão pouco explorada, não se extingue na repetição do talento, mas vai a alguns pontos até mesmo raros. Nada tinha de falsa vaidade das estrelas. Recusou uma sugestão para que seu carro tivesse chofer, vestia-se conservadoramente e, na hora de construir uma casa na serra, da Cantareira, passou numa empresa de pré-fabricados, mandou embrulhar uma e nela viveu feliz muitos anos. Jamais fez concessões ao escândalo ou ao gênero heroína do fotonovela. Todos os seus romances tiveram endereço e, se dependesse dela, a imprensa jamais os alcançaria.
Sempre manteve os filhos fora da linha de tiro dos espetáculos. Agora, deverá se esclarecer com quem ficam João Marcelo, filho do Ronaldo Bôscoli, a quem ela proibia que visitasse a criança, de 11 anos, Pedro, de 6, e Maria Rita, de 4, ambos vindos de seu casamento com César Camargo Mariano. Se a sua vontade de que os três nunca se separem puder ser cumprida, ficarão todos com seu irmão Rodrigo ou com os avós, que vivem em São Paulo, trazidos e mantidos por ela desde que o sucesso tirou-a definitivamente de Porto Alegre.

"FAÇO, MAS COM MEDO" - Para todos, desde os amigos até os parentes, o segundo choque da morte de Elis, provocado pelo laudo médico, será, por algum tempo, o mais difícil de absorver. No entanto, é certo que sua memória haverá de resistir às circunstâncias dramáticas do fundo sua vida, assim como a cantora americana Janis Joplin, morta com uma dose excessiva de heroína em 1970, não teve sou valor artístico julgado pelos padrões do sua vida conturbada. Só morta, Elis Regina conseguiu abrir o caminho para que a julgassem como artista, sem misturar a isso sua vida pessoal e suas decisões erráticas. Afinal, ninguém acreditava nessa pessoa audaciosa quando ela dizia que "morro do medo, faço todos os espetáculos me borrando do medo, todos os dias. Faço, mas com medo. E se mandar parar, eu paro, porque medo eu tenho".
Esse medo, porém, era convertido em agressividade nas relações cotidianas e em inspiração sublime no palco. E Elis, que sabia quem ela era, alcançava as maledicências que a perseguiam: "No dia em que alguém for reorganizar o sou fichário na pasta ou no compartimento Elis Regina, vai ter muito trabalho. "Eu não tenho a menor intenção de ser simpática a algumas pessoas. Me furtam o direito inclusive de escolher. Sou obrigada a aceitar quem passar pela frente. Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo.

BIOGRAFIA

A marca da estrela

Cheia de vitalidade nos seus 36 anos, Elis Regina de Carvalho Costa deixou na música brasileira sua marca de estrela. Vinte anos após a morte, ela ainda é considerada a maior cantora que o país já teve. Uma reputação construída arduamente. Elis passou metade da vida em estúdios, distribuindo uma voz impecavelmente afinada por 27 álbuns. Foram exatamente dezoito anos de carreira. Ela era a dona da mais perfei­ta alquimia entre técnica e emoção e vestia a fama como se fosse um daque­les vestidos caros, que, por belos, de­vem ser sempre trocados. A cada vitória ela safa, inquieta, em busca de uma nova parada: “Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé”, confessava.
E foram muitos os vôos vitoriosos dessa estrela desde que ela chegou ao Rio de Janeiro, em 1963, com 18 anos e pouco dinheiro na mala. Aquela pe­quena gaúcha de 1,53 m ("Meu proble­ma são 10 centímetros a mais; então es­taria tudo resolvido", dizia) desceu nervosa numa música popular enriquecida pela melodia da bossa nova e empobrecida pela escassez de intérpretes que levava ao reinado uma Nara Leão, desafinada, porém levemente soturna, como se que­ria.
Agitada, chamaram-na "Pimenti­nha". Movendo os braços para cima e para baixo, foi ridicularizada pelo cro­nista Sérgio Porto, que dizia não saber se ela era "uma cantora que nada ou uma nadadora que canta". Havia nela, porém, uma pessoa enérgica, inquieta e, acima de tudo, uma cantora afinada. Não conseguiu ancorar-se num gênero que lhe garantisse o sucesso comercial, como sucedeu a Maria Bethânia no mo­delo "amor inesquecível". Muito me­nos agarrou-se à repetição de adoráveis recursos, como fazia Roberto Carlos. Fal­tou-lhe a alegria contagiante de Gal Costa e o pique de Rita Lee. Mas tinha algo que faltava a todos e, por isso, quando se procura a voz daquela época, ela está num disco de Elis.
Nascida em Porto Alegre em 17 de março de 1945, Elis começou a cantar em um concurso mirim no Clube do Guri, programa de uma rádio da cidade. Seu primeiro contrato profissional só viria em 1959, quando se apresentou na Rádio Gaúcha de Porto Alegre no programa de Maurício Sobrinho. Um ano depois, gravaria o primeiro compacto simples pela gravadora Continental: Dá Sorte e Sonhando. Sem abandonar os estudos, continuou a profissão de cantora com o lançamento do seu primeiro LP, Viva a Brotolândia, em 1961. Em 1963, Porto Alegre ficou pequena para a voz de gigante de Elis e ela parte para o Rio de Janeiro. E foi assim que o resto do Brasil teve a sorte de conhecê-la. Em abril de 1965, ela conhece o sucesso ao ganhar o I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, com a música Arrastão, de Edu Lôbo.
Logo em seguida foi contratada pela TV Rio e passou a trabalhar ao lado de Jorge Ben, Wilson Simonal e outros. Depois, gravou Dois na Bossa ao lado de Jair Rodrigues, um de seus maiores parceiros. Ao lado também de Jair apresentou um dos programas musicais mais importantes da música brasileira, O Fino da Bossa, que estreou em 1965 na TV Record. A partir daí a carreira solo de Elis decola.
Começou a gravar canções de compositores que se tornariam consagrados como Milton Nascimento, Belchior e Renato Teixeira. Em 1969, fez vários shows em capitais européias. Nos Estados Unidos, ficou popular com o disco Elis e Tom, de 1974. No ano de 1979 participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e gravou um de seus maiores sucessos, O Bêbado e a Equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco, dupla que lhe forneceria inúmeros sucessos, como Caçador de Esmeraldas, Mestre-sala dos Mares e Dois pra Lá, Dois pra Cá. No começo da década de 1980, experimentou o sucesso nos palcos. Em 1982, no auge da carreira e planejando mais um disco, Elis Regina Carvalho da Costa morreu, deixando um legado importantíssimo para a música brasileira.


FRASES:

Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo".

"Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé".

"Quem não deu suas mancadas?"

"Meu problema são 10 centímetros a mais; então estaria tudo resolvido".

"Me apaixonei pela minha voz".

"Neste país, só há duas que cantam: Gal e eu".

"O importante é não aceitar o jogo, ser anti-sucesso. Sou uma estrela".

"O circo não deixa de ser uma casa brasileira, né?"

"O importante é não aceitar o jogo, ser anti-sucesso".

"Quero saber é do brasileiro, não estou preocupada em cromar minha orelha e sair para a rua para chamar a atenção".

"Um dia as pessoas vão descobrir que Dalva de Oliveira é a nossa Billie Hollyday".

"A gente tem de fazer das tripas sentimento".

"Cantar, para mim, é sacerdócio. O resto é o resto".

"Tenho o prazer de me danar e me recompor sozinha. Não preciso de muletas".

"Fazer música não é botar fusca na praça. Não é linha de montagem, não".

"Eu quero é ficar como bigode: nas bocas e por fora".

"Não passo o dia olhando pro meu umbigo para ver se nasce um pé de couve".

"Eu quero é ter vida privada, e não privada na vida".

"Sou como assum-preto, que precisa cantar muito mais depois que lhe tiram os olhos".

"As pessoas que me chamaram de mau-caráter estavam se auto-criticando".

"É bacana correr riscos e eu não fico só na janela vendo a banda passar".

"Por que exigem de mim tanta coisa? Sou boa cantora e ainda tenho de ser educada?"

"A lucidez me leva às raias da loucura".

"Eu talvez vá morrer sem nunca entender as pessoas".
































domingo, 18 de janeiro de 2009

Quem diria


Essa música fala tudo sobre o meu coração

Pink-Who Knew-Quem Diria
Você pegou minha mão
Você me mostrou como
Você me prometeu que ficaria por perto
Aham
Tá certo...
Eu absorvi suas palavras
E eu acreditei
Em tudo que você me disse
É, aham
Tá certo...

Se alguém dissesse daqui a três anos
Que você iria embora
Eu apagaria todos eles com um soco
Porque eles estariam errados
Eu sei melhor que eles
Porque você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem diria...

Lembra-se quando nós éramos tao bobos
E tão convencidos e tão, tão legais
Oh não
Não não
Eu queria poder te tocar de novo
Eu queria poder ainda te chamar de amigo
Eu daria qualquer coisa

Quando alguém disse seja agradecido
Para aqueles que já não estão por perto
Eu acho que eu não sabia como mesmo
Eu estava totalmente errada
Eles sabiam melhor que eu
Ainda sim você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem diria

Yeah yeah
Eu te manterei trancado em minha mente
Até nós nos encontrarmos novamente
Até nós...
Até nós nos encontrarmos novamente
E eu não te esquecerei, meu amigo
O que aconteceu?

Se alguém dissesse há três anos atrás
Que você iria embora
Eu me levantaria e socaria todos eles
Porque eles estariam enganados
Aquele último beijo
Que eu apreciarei
Até nós nos encontrarmos novamente
E o tempo torna tudo mais difícil
Eu queria poder me lembrar
Mas eu mantenho sua memória
Você me visita em meus sonhos
Meu querido,
Quem diria

Meu querido, meu querido
Quem diria
Meu querido, sinto sua falta
Meu querido
Quem diria

Quem diria...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

chat da madrugada

Berra says:
roselene
Rosy says:
rosyyyyyyyyyyyyyyyyyylene
Rosy says:
Berra says:
aaé
Berra says:
hauhauahauaha
Berra says:
vai la no blog da lynn
Rosy says:
eu vi
Rosy says:
ela me mandou UM BEEIJO
Rosy says:
e para vc NADA
Rosy says:
HAHAHAHAHAHAHAHA
Berra says:
ééé dexa ela
Berra says:
to bravo
Rosy says:
kk
Rosy says:
Berra says:
é

Lynn Polli has been added to the conversation.

Rosy says:
huhuhuhuhuh
Rosy says:
vaai bobão
Rosy says:
roubei seu lugar
Rosy says:
HAHAHA
Lynn Polli says:
hahahahahhahah
Rosy says:
uaaah
Rosy says:
ele deve tah se mordendo lyn
Lynn Polli says:
ta hahahahhahahahha
Berra says:
hunf
Berra says:
eu sei q meu lugar no coração da lynn ninguem rouba
Rosy says:
vaii sonhando
Rosy says:
Rosy says:
olha lah
Rosy says:
comentei
Rosy says:
Berra says:
ainda mais uma cobra venenosa como a rosy
Lynn Polli says:
hahha não briguem
Rosy says:
UAHAUSHSUSHAUSHSUA
Berra says:
jararaca
Rosy says:
'mas eu me mooordo de ciumes...'
Rosy says:
NAJA
Rosy says:
se for cobra,eu escolho qual eu sou
Berra says:
cascavel
Berra says:
ainda quer escolher
Lynn Polli says:
hahahha me acabo de rir
Rosy says:
uaahauahauahauaua
Rosy says:
e vc berra
Berra says:
lynn pode fazer um post e mandar beijo pra mim tbb
Rosy says:
chato
Berra says:
huahauhauaha
Berra says:
chato??
Rosy says:
K
Rosy says:
folgaado
Rosy says:
Berra says:
huahauahauhuahua
Berra says:
aa nunca mais sera a loira favorita
Berra says:
o titulo mais importante do mundo
Lynn Polli says:
vou penar Berra
Lynn Polli says:
pensar
Rosy says:
sabasuashusahsausahsausahasua
Rosy says:
não afz lyn
Rosy says:
a gente jah paparica ele d+
Lynn Polli says:
verdade
Berra says:
huahauaha mentira
Lynn Polli says:
não é mentira não
Berra says:
lynn não da ouvidos pra essa cobra
Rosy says:
AUSHUSAHSAUSAHSAUSAHSAUSAH
Rosy says:
úúúúúúúúuúúú
Lynn Polli says:
gente
Lynn Polli says:
tadinha Berra
Rosy says:
´UAHAUSHSUS
Rosy says:
deixa ele
Rosy says:
Rosy says:
quase morro por ele..
Rosy says:
deixa lyn
Rosy says:
INGRAATo
Berra says:
aaaaaaaaa rosyy
Berra says:
vc sabe q eu t amo
Berra says:
sempre seraa loira favorita
Rosy says:
Berra says:
Rosy says:
uashusahsusahsausa
Rosy says:
acho bom
Rosy says:
;D

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Quase...!



Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tears In Heaven



Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?
I must be strong
And carry on
Because I know I don't belong
Here in Heaven

Would you hold my hand
If I saw you in Heaven?
Would you help me stand
If I saw you in Heaven?
I'll find my way
Through night and day
Because I know I just can't stay
Here in Heaven

Time can bring you down
Time can bend your knees
Time can break your heart
Have you begging please
Begging please

Beyond the door
There's peace
I'm sure
And I know there'll be no more
Tears in Heaven

Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?


-Eric Clapton


Não sei se vcs conhecem essa música,mas é uma das mais belas e melodicas q eu já ouvi...e claro,tinha q dividir isso com vcs!;)
Não colokei a tradução por preguiça,mas a letra toda eh MARA!♥

domingo, 4 de janeiro de 2009

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe... Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!" Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura. Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário. O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã! Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas. Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores... Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa. Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem... Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena... Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade... Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida. Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito... A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..." Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)Padre Fábio de Melo

sábado, 3 de janeiro de 2009

gente da licença de falar da vida pessoal aqui???

então é o seguinte, ontem foi simplesmente fantastico, meu que show foi aquele???
pulei, dancei, gritei,berrei, ri, e até chorei,mais dessa vez foi por algo bom, até cantei cazuza junto com a lynn no microfone,hahahaha acreditam nisso??????

o ano novo começou cheio de emoçoes,dia 1 foi meio complicado,mais ontem meu,ontem eu não consigo explicar.
quem me conhece a mais de 5 anos poderia falar e entender bem oque eu senti ontem,sabe aquelas conversas que era pra vc ter tido ha 4ou 5 anos atras e não falou,então depois de todo esse tempo ontem falamos tudo um pro outro,e não é que foi tudo uma maravilha,ontem eu ouvi coisas que me deixaram muito muito feliz mesmo,podem falar oque quiserem, to nen ai hahahaha to rindo a toa.
e teve mais umas coisas,mais isso ainda é a minha realidade e mais pra frente eu conto.

até ivete sangalo eu dancei ontem, e só pra explicar ontem eu só chorei,pq tava quase toda a galera da velha guarda e a gente ficou pedindo legião que é nosso legado,mais a banda tinha que tocar justamente pais e filhos,ai ja sabem,o chorão aqui não se conteve,esse musica me faz lembrar tanto o meu pai, e graças a deus são boas lembranças.
lynn deixa eu te falar uma coisa de coração,eu sei que as veses vc e seu pai não se dão muito bem, mais tipow aproveita e aproveita muito todo e qualquer tempo com ele"vc diz que seus pais não lhe entendem mas vc não entende seus pais"
e voltando fiquei tão feliz ontem que to feliz até agora, a amizade é a melhor coisa que deus inventou sabiam?????


eu me amo,e amo tudo que faz parte da minha vida,juro que amo galera

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

JÁ NÃO TENHO MAIS TEMPO

(Não sei quem escreveu)

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ela chupou displicentemente, mas percebendo que faltavam poucas, roeu o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, um amigo que me queira apesar de nada, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.